sábado, 31 de julho de 2010

Acupuntura na DOR Cronica ou Aguda

Dor Crônica

Dor Crônica é um processo de doença. Difere significativamente da dor aguda por ter duração maior que o curso usual de uma doença aguda ou lesão. Essa dor pode estar associada com a continuação da patologia ou pode persistir após a recuperação da doença ou lesão. Como ocorre na dor aguda, se a dor crônica for devido à doença orgânica, ela é efetivamente curada ao se tratar à desordem de base. Geralmente não é bem localizada e tende a ser maciça, dolorida, contínua ou recorrente (SMITH, 1986,VILELA FILHO, CORRÊA, 1999).
Dor crônica não é meramente uma sensação física. No componente afetivo da dor crônica, muitos pacientes demonstram irritação e ansiedade, como resultantes de algum grau de depressão. Dor crônica e concomitante depressão levam a extensivos períodos de produtividade limitada e/ou inatividade. A maioria dos pacientes demonstra um comportamento característico que inclui dificuldades no trabalho, nas atividades de vida diária, nas atividades de lazer, na função sexual, no desempenho vocacional, crise familiar levando até ao suicídio (OLIVEIRA, 2000).

Vários são os fatores que causam, perpetuam ou exacerbam a dor crônica.

Dentre eles situa-se a crença do paciente ter doença incurável, como câncer, por exemplo. Fatores neurais e somáticos também concorrem para a perpetuação de dor, mesmo após a resolução da doença; nesses se incluem danos em nervos sensoriais e contratura muscular reflexa a dor. Finalmente, múltiplas condições psicológicas como trauma emocional, abuso sexual ou uso físico, consumo não orientado de fármacos pode
exacerbar ou mesmo causar dor (BARSKY, 1999).

 Percepção Dolorosa

Para que haja a percepção dolorosa, os estímulos ambientais são transformados em potenciais de ação que são transferidos das fibras nervosas periféricas para o sistema nervoso central. Os receptores nociceptivos são representados por terminações nervosas livres. Sua atividade é modulada pela ação de substâncias químicas algiogênicas, liberadas nos tecidos em decorrência de processos inflamatórios, traumáticos ou isquêmicos. A liberação retrógrada de neurotransmissores pelas terminações nervosas livres contribui para sensibilizar os receptores nociceptivos, diretamente ou através da interação com outros elementos algiogênicos (DORETO, 1996).

Entre as substâncias algiogênicas estão incluídas: acetilcolina, prostaglandinas, histamina, serotonina, leucotrieno, substância P, tromboxana, fator de ativação plaquetária, radicais ácidos, íons potássio e colecistoquinina. Entre os neurotransmissores estão incluídas: substância P e calcitonina (DORETO, 1996).
Dor crônica de origem periférica envolve mecanismos inflamatórios ou neuropáticos. Na inflamação, há ativação de fibras aferentes C e A, com indução de reflexo axonal e liberação de substância P, neurocitonina A e peptídeo relacionado a calcitonina. Estes alteram a excitabilidade de fibras sensoriais e autonômicas simpáticas, ativando células imunitárias e liberando outras substâncias através de extravasamento plasmático. Bradicinina, citocinas (interleucinas e fator de necrose tumoral), prostaglandinas, serotonina, oxido nítrico, opióides endógenos em sítios periféricos e fator de crescimento neural participam na recepção e na transmissão de estímulos dolorosos de origem inflamatória. A dor neuropática relaciona-se à atividade anormal de canais de sódio que se acumulam em sítios de dano neural e a receptores N-metilaspartato, responsáveis por produzir hiperexcitabilidade central, além de liberação excessiva de ácido glutâmico que medeia a excitotoxicidade, preponderante sobre a ação de interneurônios inibitórios. Mediante estímulos de baixa intensidade, evoca-se sensação de intensa dor (BLOOM, 1996; VILELA FILHO, CORRÊA, 1999; BRUNO,2001).
Dor crônica de origem central provém da hiperexcitabilidade da medula espinhal e das vias de transmissão central. Nesses processos têm importância, receptores medulares N-metil-aspartato e de taquicininas, ácido glutâmico e aspartático, substância P, dinorfina (opióide endógeno) e colecistocina (BLOOM, 1996; BESSON, 1999).
Reconhecendo alterações morfológicas e neuroquímicas do sistema nervoso, encontram-se numerosos alvos em fibras sensoriais e simpáticas, medula espinal centros nervosos encefálicos para onde direcionar abordagens terapêuticas eficazes no controle da dor crônica (BESSON, 1999).
A dor é um dos maiores motivos de queixas dos pacientes, devido a forte intensidade que costuma acomete-los e, muitas vezes, a medicação consumida é impotente para deter a dor.

Felizmente a Acupuntura oferece resultados maravilhosos, diminuinto ou mesmo cessando dores muito intensas de qualquer natureza.
Isto ocorre graças ao seu poder de produzir endorfinas logo no início da sessão de Acupuntura. O paciente experimenta alívio já entre os 15 ou 20 minutos após a inserção das agulhas.
Associando-se às agulhas o uso de aparelho específico para acupuntura eletrônica consegue-se diminuir muito a dor em menos tempo, muitas vezes em cinco minutos.
Este bem estar, sem dor ou com a dor diminuida, permanece por tempo variável, dependendo de cada organismo. Existem pacientes que, após uma sessão de Acupuntura, conseguem ficar alguns dias sem dor, outros sentem o retorno da dor no dia seguinte ou mesmo após algumas horas. Esta diferença de tempo livre da dor deve-se às diferenças pessoais, ao fato do paciente estar sendo tratado já a algum tempo com Acupuntura (neste caso seu organismo aproveita melhor o efeito e retém por muito mais tempo a sensação agradável sem dor), idade, etc.
O uso de aparelhos eletrônicos modernos, conectados às agulhas e enviando estímulos semelhantes aos que nosso organismo produz, faz com que Acupuntura seja muito mais eficaz.
Para se ter uma idéia da eficácia da Acupuntura no alívio de dores, saiba que podemos fazer analgesia para quaisquer cirurgias, sem uso de medicamentos, apenas com Acupuntura.

MECANISMO DE AÇÃO DA ACUPUNTURA

Podemos analisar a ação da Acupuntura por duas óticas:

- Pela visão da Medicina Chinesa a Acupuntura tem resultados tão maravilhosos graças ao equilíbrio energético que a estimulação dos pontos propicia aos meridianos (canais energéticos no nosso corpo). Este estímulo energético comanda inúmeras funções do nosso organismo. Para facilitar a compreensão comparo o ato de estimular alguns pontos de Acupuntura com o fato de uma pessoa controlar a distância vários equipamentos eletro-eletrônicos da sua casa, através de acionamento de botões de comando.

Nosso corpo não funciona apenas com o fator químico - biológico, mas também com eletricidade. Esta energia eletrônica controla todas as outras funções e a Acupuntura, controlando a energia, consegue comandar as outras funções do organismo.

- Pela ótica da medicina tradicional Ocidental, explica-se que os estímulos resultam na produção de:

- substâncias que agem sobre neurotransmissores e neuromediadores, restabelecendo o bom funcionamento das funções que estavam alteradas,

- corticóides naturais (fabricados pela supra renal do próprio paciente) com grande ação anti-inflamatória,

- analgésicos internos (os efeitos da Acupuntura são iguais aos da serotonina, neuromediador produzido em nosso cérebro)

MÉTODO DE TRATAMENTO COM ACUPUNTURA

O tratamento consiste no estímulo de pontos específicos para cada caso e para cada paciente, numa média de vinte pontos por sessão. Este estímulo pode ser na introdução de agulhas, com uso de raios laser ou na eletro-acupuntura, que é a técnica mais indicada nos casos de dores muito fortes, devido a sua altíssima capacidade em bloquear a dor em poucos minutos.

A SENSAÇÃO DE DOR É MUITO DESAGRADÁVEL, ATRAPALHANDO AS ATIVIDADES NORMAIS. DORES CRÔNICAS LEVAM A DEPRESSÃO. NA REALIDADE A DOR SERVE PARA NOS AVISAR QUE ALGO ESTA ERRADO. DEVEMOS TRATAR AS CAUSAS DAS DORES, PORÉM ENQUANTO NÃO COSEGUIMOS ISSO, PODEMOS AMENIZAR AS DORES.



COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA DA EFICÁCIA DA ACUPUNTURA NA DIMINUIÇÃO DA DOR:

AGORA EXISTE COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA DA EFICÁCIA DA ACUPUNTURA COMO CALMANTE, MUITO ÚTIL NO COMBATE A DOR.

TODOS NÓS, ACUPUNTURISTAS, SABEMOS ISSO, ATRAVÉS DO TRABALHO DIÁRIO, QUE NOS RECOMPENSA COM A SATISFAÇÃO DE VER OS RESULTADOS PRÁTICOS NOS PACIENTES.

MAS AGORA EXISTE UMA COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA, QUE NINGUÉM PODERÁ CONTESTAR. E, BOA NOTÍCIA, FOI FEITA AQUI NO BRASIL, NA UFRPE (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO), PELO MÉDICO , DR. EDUARDO COLE.

O EXPERIMENTO MOSTROU QUE ACUPUNTURA CHEGA A TER 72% DO EFEITO CALMANTE DO BENZODIAZEPÍNICO (VALIUM E LEXOTAN).

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

As doenças mais comuns em causar dores que não cedem com o tratamento alopático são:

- Cólica renal,

- Cólica de vesícula biliar,

- Câncer,

- Enxaqueca (cefaléias em geral),

- Etc ( a lista é muito extensa)

Não recomendo ninguém parar com o seu tratamento alopático, a acupuntura poderá ser feita em paralelo, somando seus benefícios.



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