quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

ESTRIAS

O que são as estrias?

As estrias são cicatrizes ocasionadas pelo rompimento de fibras elásticas e colágenas que sustentam a camada intermediária de nossa pele. Essas lesões acontecem, normalmente, quando há um estiramento repentino da pele, como acontece no estirão do crescimento, fator hormonal por edemas, na gravidez, por exemplo, e são caracterizadas por linhas paralelas de cor arroxeada, rósea ou branca sobre a superfície da pele.
A estria pode afetar tanto mulheres como os homens, mas também. As estria não causam complicação médica alguma na maior parte dos casos; mas são motivos para preocupação estética, por conta da aparência que tem.

Quais são as causas das estrias?

  • Gravidez;
  • Puberdade;
  • Ganho de peso em um curto período de tempo;
  • Excesso de exercícios físicos;
  • Colocação de próteses de silicone;
  • Uso excessivo de anabolizantes;
  • Aumento de estatura abrupto;
  • Uso prolongado de corticoides para tratamentos de doenças de pele, como o eczema.
Além desses, outros dois pontos podem ocasionar o aparecimento de estrias: o fator genético e alguns tipos de síndromes, como a síndrome de Cushing, síndrome de Marfan e síndrome de Ehlers-Danlos.

Quais os sintomas e tipos de estrias?

São classificadas em dois tipos: as de cor rósea, que significa que são lesões recentes, e as de cor esbranquiçada, que significa que já são lesões antigas cicatrizadas. Os locais mais comuns que elas aparecem, estão o abdômen, quadril, costas, ombros, seios, coxas e nádegas.
Os sintomas se limitam, principalmente, às cores que as estrias podem vir a ter. As estrias rosadas, por serem mais recentes, podem vir acompanhadas de leve coceira e inflamação. Além disso, as que são causadas pelo uso de corticoides são em maior quantidade, mais grossas e possuem uma coloração mais escura do que o normal.

Como me prevenir das estrias?

Na gravidez não tem como impedir a barriga de crescer ou de fazer com que o adolescente não cresça quando ele está na fase da puberdade. Mas, mesmo diante disso e por mais que não haja uma maneira que previna em 100% o surgimento de estrias no corpo, algumas medidas, quando são tomadas, podem sim preveni-las ou, ao menos, retardar o seu aparecimento. São elas:
  • Manter-se hidratado, bebendo de 2 a 3 litros de água diariamente;
  • Manter um peso saudável;
  • Massagear a pele com hidratante melhora a circulação e estimula o crescimento de novas camadas de tecido epitelial.

Qual o diagnóstico e o tratamento para as estrias?

Por mais que as estrias não acarretem problemas médicos na maioria das vezes, as que surgem de forma abrupta e são muito largas podem ser sintomas de doenças endocrinológicas. 
Na questão de tratamento, cada tipo de estria requer um tratamento diferente do outro. É válido saber que quanto antes começar o tratamento, melhor eficácia ele terá. Para entender melhor qual o melhor jeito de cuidar das suas lesões:
Tratamento de estrias róseas (novas- recentes)

Resultado de imagem para estrias rosadas
Para tratar as estrias mais recentes, você pode recorrer a dois tipos de tratamentos:

Esfoliação da pele:

Resultado de imagem para esfoliante da pele para estrias    Consiste em eliminar células mortas e uma fina camada de pele, fazendo com que uma nova camada mais lisa seja formada.

Creme para estrias:

Resultado de imagem para cremes      Sempre prescrito por um especialista, esses cremes ajudam a manter a pele sempre hidratada, além de favorecer a regeneração do tecido.

Tratamento de estrias esbranquiçadas (antigas)

Resultado de imagem para estrias branca    Como as estrias que já estão esbranquiçadas são mais antigas, os tratamentos para as róseas não possuem efeitos sobre elas. Portanto, para tratá-las da maneira correta, você pode recorrer a esses tratamentos listados a seguir:

Microagulhamento:

Resultado de imagem para microagulhas para estrias   Pequeno rolo com micro agulhas que, quando deslizado sobre a pele, perfuram a pele e favorecem a formação de uma nova camada de fibras de colágeno e elastina.

Carboxiterapia:

Resultado de imagem para carboxiterapiaAplicação de várias injeções de CO2 diretamente nas estrias, aumentando a circulação sanguínea da região.

Dermoabrasão:

Resultado de imagem para dermoabrasão para estrias    Espécie de esfoliação mecânica que deixa as estrias mais uniformes à pele.

Peeling de ácido retinóico:

Resultado de imagem para peeling para estrias     Promove a retirada de células mortas e estimula a produção de colágeno.

Laser de CO2:

Resultado de imagem para laser co2 para estrias   Por apresentar bons resultados, os dermatologistas utilizam bastante esse método como forma de  tratar as estrias, que consiste basicamente na ajuda de formação de novas fibras de colágeno no organismo. (Médico que realiza)
NUNCA se automedique. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. 
Geralmente, os melhores resultados provêm quando mais de uma forma de tratamento é utilizada. Portanto, não se esqueça de se consultar com um especialista antes de aderir a um desses tratamentos citados. O acompanhamento  de um profissional da Estética  é de extrema importância, tanto para a eliminação das estrias, quanto para qualquer outra condição dermatológica.
Referências
http://www.mdsaude.com/2011/12/estrias-tratamento.html
https://minutosaudavel.com.br
http://www.tuasaude.com/tratamento-para-estrias/
http://www.your.md/condition/stretch-marks

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Matéria Publicada na Revista Mundo Verde: Dádiva Indiana

Entrevista na Página 16 e 17.

http://mundoverde.com.br/Rev_Digital/Edicao18.pdf

Matéria Publicada no Site do Senac Osasco: Auriculoterapia: prática pode complementar tratamentos médicos.

Matéria Publicada no dia 28/02/2016

http://www.sp.senac.br/jsp/default.jsp?tab=00002&newsID=a23460.htm&subTab=00000&testeira=358&uf=&local=&l=&template=&unit=


sexta-feira, 18 de julho de 2014

SÍNDROME DE WEST


Em 1841, West em uma carta dramática ao editor do "The Lancet", apresentou o problema de seu filho com espasmos em flexão que se repetiam diariamente em ataques de 10 a 20 contrações que levaram a criança a um retardo mental, apesar de todos os tratamentos usados e possíveis para aquela época. Esta síndrome neurológica foi descrita pela primeira vez em 1949 por Vasquez y Turner para sociedade Argentina de Pediatria, com dez casos de uma "nova síndrome" que apresentavam crises nos lactantes, com alterações específicas no traçado eletroencefalográfico (EEG), estando associadas à deterioração mental, as quais propuseram chamar Epilepsiaem Flexão. Em1952, os autores Gibbs e Gibbs criaram o termo Hipsarritmia (hypos= altura e rhytmos= ritmo) para o registro EEG destes pacientes, o que passou a caracterizar a maioria das descrições desta síndrome. As crises clínicas têm recebido outras denominações: espasmos saudatórios , espasmo infantil, massive jerks, Blitz und NichtKrampf, tic de salaam e pequeno mal propulsivo.


A Síndrome de West (SW) apresenta como características essenciais: espasmos musculares, deteriorização mental e um traçado eletrocefalográfico patognomônico. O início dos sintomas ocorre entre os três e oito meses de idade sendo mais freqüente no sexo masculino na proporção de 2:1. As crises são traduzidas por espasmos com as seguintes características; flexão súbita da cabeça, com abdução dos membros superiores e flexão das pernas, é comum a emissão de um grito por ocasião do espasmo.



Essa síndrome é um tipo raro de Epilepsia, chamada de “epilepsia mioclônica”. As convulsões que a doença apresenta são chamadas de mioclonias e podem ser de flexão ou de extensão, e afetam geralmente crianças com menos de um ano de idade. São como se, de repente, a criança se assustasse e quisesse agarrar uma bola sobre o seu corpo. Os espasmos são diferentes para cada criança. Podem ser tão leves no início que não são notados ou pode-se pensar que originam-se de cólicas. Cada espasmo começa repentinamente e dura menos de alguns segundos. Tipicamente, os braços se distendem e a cabeça pode pender para frente e os olhos fixam-se e um ponto acima (Tic de SAALAM).



Etiologia

A síndrome de West é uma manifestação grave de epilepsia que pode aparecer ligada a outros problemas, como síndrome de Down e autismo. Não tem causa genética e, geralmente, está ligada a doenças ocorridas durante a gestação, como rubéola e toxoplasmose.



Em aproximadamente 80% dos casos a SW é secundária, o que vale dizer depende de uma lesão cerebral orgânica. Em muitos casos é possível determinar a etiologia, o que vale dizer depende de uma lesão cerebral orgânica. Em muitos casos é possível determinar a etiologia da síndrome: encefalites a vírus, anoxia neonatal, traumatismos de parto, toxoplasmose, fenilcetonúria, síndrome de Aicardi, esclerose tuberosa de Bouneville. 



Segundo a Classificação Internacional das Epilepsias e Síndromes Epilépticas, a Síndrome de West se classifica de acordo com sua etiologia em sintomático e criptogênico. Os sintomas se referem a uma síndrome no qual as crises são o resultado de uma ou mais lesões estruturais cerebrais identificadas. Existem diversos fatores etiológicos prenatais, perinatais e pós natais, que podem ser causadores desta síndrome.

Segundo Fernandes (2005), A Síndrome de West pode ser dividida em dois grupos, com relação à causa: o criptogênio ( quando a causa é desconhecida ), onde o lactente é normal até os inícios dos espasmos, sem qualquer lesão cerebral detectável; e o grupo sintomático ( de causa conhecida) , onde há prévio desenvolvimento neuropsicomotor anormal , alterações ao exame neurológico e/ou lesões cerebrais identificadas por exames de imagem ( tomografia computadorizada, ressonância magnética, etc). Em 1991, foi proposta a hipótese da existência de uma forma idiopática, com evolução benigna no tratamento em curto prazo.

A Síndrome de West é multifatorial e certos casos podem ter susceptibilidade poligênica ou pode ser completamente ambiental. Algumas crianças podem chorar e/ou gritar antes ou após as convulsões e mostram-se geralmente muito irritadas. O período mais crítico para as convulsões são a hora de dormir ou de acordar, onde a Síndrome apresenta toda a sua face mais cruel. Os espasmos infantis causados pela síndrome não possuem uma causa única. Eles surgem como resultado de muitas e diferentes condições. Algumas vezes ocorrem em bebês com desenvolvimento abaixo da média e em relação aos quais já se sabe que são possuidores de condições neurológicas que afetam o desenvolvimento do cérebro.

Tais condições podem ter seu início antes do nascimento, por volta do tempo que antecede o nascimento ou como resultado de doença nos primeiros meses de vida. Alguns poucos exemplos são: Lisencefalia, Encefalopatia neonatal Meningite (nas primeiras fases de vida). Em outras crianças, nenhum problema neurológico será notado até que os espasmos infantis comecem a se manifestar (estrela).

Aspectos Eletroencefalográficos

A presente Síndrome apresenta um padrão eletroencefalográfico característico, chamado de Hypsarritmia, é um atraso psicomotor, que pode variar do leve ao severo, dependendo da evolução do caso. As características principais e um registro de EEG com hipsarritmia é de acordo com Fernandes:

- Desorganização marcante e constante da atividade basal;

- Elevada amplitude dos potenciais;

- Ondas lentas delta de voltagem muito elevada (" ondas em montanhas");

- Períodos (salvas), habitualmente breves, de poliondas e polipontas onda;

- Período de atenuação da voltagem que, em alguns casos, parece chegar a silêncio elétrico.

O eletroencefalograma, ao lado do quadro clínico, é fundamental para diagnóstico, recebendo traçado anormal o nome hipsarritmia. O EEG se caracteriza pelo seu aspecto anárquico, com ondas de grande amplitude, lentas e pontas-ondas lentas. Não há ritmo de base organizada.

Manifestações clínicasClinicamente existem três características distintas (TRÍADE DE SINAIS CLÍNICOS): crises convulsivas do tipo espasmos normalmente em flexão, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e padrão eletroencefalográfico do tipo hipsarritima. As crises são frequentes, durando em média um segundo, podendo a criança apresentar dezenas de crises ao dia, principalmente na vigília. As convulsões são traduzidas por espasmo ou uma salva de espasmos, apresentando flexão súbita da cabeça, com abdução dos membros superiores e inferiores; podendo ocorrer à emissão de um grito por ocasião da flexão. O atraso no desenvolvimento neuropsicomotor pode, em alguns casos, preceder as crises. Após o início das convulsões, mesmo os lactentes previamente hígidos apresentam parada na aquisição de marcos do desenvolvimento. O retardo mental, em alguns casos, pode ser evitado pelo tratamento precoce.

As contrações são breves, maciças, simétricas levando-se os membros superiores para frente e para fora e flexionando os músculos o abdômen. São crianças hipotônicas. Em princípio, o diagnóstico não é fácil, sendo os espasmos confundidos com cólicas ou com reflexo de Moro. Outra manifestação importante é o retardo mental que, em boa parcela dos casos, pode ser evitado pelo tratamento precoce do quadro. Diz-se que as alterações e características clínicas e evolutivas desta síndrome dependem das condições prévias do SNC do lactante antes dos surgimentos das crises. Com a maturação da criança, em geral as crises diminuem e desaparecem por volta do quarto ou quinto ano de vida.

Existem três tipos principais de espasmos; em flexão, extensão e mistos. Os espasmos em flexão são predominantes em cerca de 68% dos casos, nos mistos o paciente pode mostrar mais de um tipo de espasmo, podendo variar em um mesmo período. Nos espasmos assimétricos consistem no desvio lateral da cabeça e dos olhos com a participação dos membros superiores. Esses espasmos podem se manifestar desde uma vez ao dia até cerca de 60 vezes no mesmo dia e são frequentes durante o sono lento.

Evolução e complicaçõesQuase sempre é uma perda de cunho neuropsíquico para criança afetada, esta perda está na dependência da precocidade de diagnóstico e da intervenção aplicada. A hipsarritmia pode desaparecer ou se transformar no decorrer do tempo. A criança apresenta sérias complicações respiratórias, devido aos frequentes espasmos, deformidades, principalmente de MMSS e MMII. Pode ocorrer subluxação do quadril. Há possibilidade de remissão total de espasmos infantis considerados criptogéticos, mas não há confirmação científica de remissão definitiva para os casos mais graves associados a outras condições ou patologias neurológicas. Crianças apresentam sinais e sintomas de dano cerebral podem vir a apresentar um quadro de déficit intelectual a posterior, elas devem ser precocemente estimuladas para diminuir a seu grau de compartimento intelectual e psíquico.

Prognóstico 

O prognóstico global da síndrome de west é grave. O retardo mental ocorre em 90% dos casos e com frequência se associa com déficit motor, transtornos de conduta e rasgos autísticos. A mortalidade é de 5%. De 55% a 60% das crianças com síndrome de west desenvolvem posteriormente outros tipos de epilepsia como síndrome de Lennox-Gastaut e epilepsias com crises parcias completas. 
Diagnóstico diferencial

Devemos realizar o diagnóstico diferencial com transtornos não epilépticos como:cólicas dos lactantes, mioclonia benigna da infância, postura de opistótonos pela espasticidade e refluxo gastroesofágico. Também deve-se realizar o diagnóstico diferencial com síndromes epiléticas como: epilepsia mioclônica do lactante , encefalopatia mioclônica precoce e síndrome de Ohtahara, nos quais se iniciam na etapa neonatal. As crises epilépticas tônicas podem se confundir com espasmos em extensão (espanhol).

Tratamento clínico

O tratamento da SW é classicamente realizado com adrenocorticotrofina (ACTH) ou prednisona. Novas drogas antiepilépticas, tais como vigabatrina, topiramato, e zonisamida tambem têm sido relatadas como eficazes no controle das crises. Terapêuticas alternativas, como vitamina B6 em altas doses e tirotrofina (TRH), também parecem ser efetivas em alguns casos. O tratamento cirúrgico é reservado para casos selecionados. A literatura demonstra a existência de diferenças mercantes em muito dos aspectos do tratamento da SW. A principal delas é o uso de ACTH, natural ou sintético, em alta ou baixa dosagem, versus prednisona. Nos Estados Unidos, onde a preferência é o ACTH natural, estudos relatam controle de crises em 85 a 90% dos pacientes.

ACTH - É a abreviatura de Hormônio Adrenocorticotrófico ou corticotrofina, que é um hormônio secretado pela Hipófise (glândula pituitária). O ACTH é o responsável pela estimulação da secreção da Cortisona e compostos relacionados pelas glândulas suprarrenais. Na sua forma sintética (ou seja, produzida por laboratórios farmacêuticos), este hormônio é usado como medicação corticosteroide para o tratamento da Síndrome de West e convulsões mioclónicas na infância. E é necessário que seja permanentemente monitorizado, durante o seu uso na forma injetável por especialistas ( neuropediatras) devido a ocorrência de efeitos colaterais e indesejáveis, com o comprometimento de outros órgãos e sistemas além do sistema nervoso (estrela).



Tratamento fisioterapêuticoO tratamento fisioterapêutico tem como objetivo principal tratar as sequelas ou tentar diminuí-las o máximo possível. Como as complicações respiratórias existentes, deve-se fazer fisioterapia respiratória.

Outro objetivo é tentar-se evitar as deformidades que surgem ou amenizá-las, fazendo-se mobilização passiva e alongamentos. Devido a hipotonia é preciso que se fortaleça os músculos responsáveis pela respiração.

Objetivos- Equilíbrio da cabeça
- Equilíbrio do tronco
- Seguir as etapas de maturação de acordo com cada criança.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO 
http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/42686/sindrome-de-west-e-a-fisioterapia#!4#ixzz37pBeQOiS

O que é Ansiedade?

O termo "ansiedade" tem várias definições nos dicionários não técnicos: aflição, angústia, perturbação do espírito causada pela incerteza, relação com qualquer contexto de perigo, entre outros.
Levando-se em conta o aspecto técnico, devemos entender ansiedade como um fenômeno que ora nos beneficia, ora nos prejudica, dependendo das circunstâncias ou intensidade, e que tornar-se patológico, isto é, prejudicial ao nosso funcionamento psíquico (mental) e somático (corporal).
A ansiedade estimula o indivíduo a entrar em ação, porém, em excesso, faz exatamente o contrário, impedindo reações.

Causas

Os transtornos de ansiedade são doenças relacionadas ao funcionamento do corpo e às experiências de vida.
A pessoa pode se sentir ansiosa a maior parte do tempo sem nenhuma razão aparente ou pode ter ansiedade apenas às vezes, mas tão intensamente que se sentirá imobilizada. A sensação de ansiedade pode ser tão desconfortável que, para evitá-la, as pessoas deixam de fazer coisas simples (como usar o elevador) por causa do desconforto que sentem.

Sintomas de Ansiedade

Os transtornos da ansiedade têm sintomas muito mais intensos do que aquela ansiedade normal do dia a dia. Eles aparecem como:
  • Preocupações, tensões ou medos exagerados (a pessoa não consegue relaxar)
  • Sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer
  • Preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho
  • Medo extremo de algum objeto ou situação em particular
  • Medo exagerado de ser humilhado publicamente
  • Falta de controle sobre pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da vontade
  • Pavor depois de uma situação muito difícil.

Tratamento de Ansiedade

Existem três tipos de tratamento para os transtornos de ansiedade:
  • Medicamentos (sempre com acompanhamento e receita médica)
  • Psicoterapia com psicólogo ou médico psiquiatra
  • Combinação dos dois tratamentos (medicamentos e psicoterapia).
A maior parte das pessoas com ansiedade começa a se sentir melhor e retoma as suas atividades depois de algumas semanas de tratamento. Por isso, é importante procurar ajuda especializada na unidade de saúde mais próxima. O diagnóstico precoce e preciso da ansiedade, o tratamento eficaz e o acompanhamento por um prazo longo são imprescindíveis para obter melhores resultados e menores prejuízos.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O BENEFÍCIO DA ACUPUNTURA NA ODONTOLOGIA

Introdução:

As dores crânio-faciais são altamente prevalentes na população em geral e motivo freqüente de procura assistencial à saúde. A face é composta predominantemente pelo aparelho mastigatório e as doenças dos órgãos dentários, dos maxilares, dos músculos da mastigação e das articulações temporomandibulares (ATM) são causas freqüentes de dor facial e de cefaléias secundárias.
As dores odontológicas compõem predominantemente o grupo de síndromes álgicas amplamente reconhecido com a denominação de Dor Orofacial. Sob o aspecto clínico este grupo engloba dores provenientes dos dentes, boca e dos maxilares; sendo que estas dores têm diferentes origens teciduais e, a exemplo de outras áreas do organismo humano, elas podem ser de origem somática, neuropática e de anormalidades na área da saúde mental. Além disso, a face destaca-se pela presença de estruturas típicas como os dentes e seus anexos, pela complexidade anatômica em geral desse pequeno segmento do corpo, incluindo os diferentes aspectos da inervação trigeminal, pela presença da mandíbula como osso móvel e com duas articulações separadas e interdependentes e pela importância psicológica e social.
    Para que os tratamentos em uso atual alcancem o sucesso deles esperado é indispensável o diagnóstico correto e o estabelecimento do objetivo de cada tratamento. Quando há causas, como na maioria das dores dentárias, é necessário eliminá-las através de tratamentos operatórios há muito em uso, embora, nestes casos várias medidas podem ser utilizadas para o controle da dor. Em outras situações, a exemplo das dores músculo- esqueléticas da face, amplamente conhecidas como        Disfunções Temporomandibulares (DTM), as terapêuticas visam aliviar a dor e melhorar a função mandibular.
    Portanto, para estabelecer a importância da acupuntura na dor orofacial deve-se conhecer uma classificação que permita diferenciar as diversas dores do segmento, para que possamos determinar qual o papel dessa técnica milenar em nossa abordagem terapêutica.

1) CONDIÇÕES ONDE A ACUPUNTURA PODE SER EFICAZ

1.1. Disfunção Temporomandibular (DTM)
    As Disfunções temporomandibulares, comumente conhecidas como Disfunção da articulação temporomandibular (ATM), são anormalidades e dor proveniente do sistema mastigatório. Na verdade, o nome DTM é genérico e se refere a vários subgrupos de dores músculo-esqueléticas relacionadas à atividade mandibular e, portanto, engloba as condições dolorosas crônicas decorrentes dos músculos mastigatórios, das articulações temporomandibulares e das estruturas associadas.
       Assim, basicamente, as Disfunções Temporomandibulares podem ser de origem:
- muscular
- articular
- mista

SINAIS E SINTOMAS QUE SUGEREM DTM DE ORIGEM MUSCULAR

a) dor
  • normalmente em pressão ou cansaço, embora existam outras manifestações como pontadas, latejamento, queimação e espasmo.
  • difusa em várias regiões da face como: ouvido, pré-auricular, face, fundo dos olhos, ângulo mandibular, nuca, têmporas. Pode espalhar-se às adjacências, normalmente é unilateral, eventualmente bilateral e freqüentemente migratória (ora um lado, ora no outro lado da face);
  • nem sempre é desencadeada pelo movimento mandibular;
  • dor muscular à palpação é fortemente sugestiva; presença de fibroses, endurecimento muscular e eventualmente pontos dolorosos.
b) A limitação de abertura bucal não é achado freqüente, exceto em casos agudos ou períodos de crises.

c) Irregularidades nos movimentos mandibulares.

d) Fatores perpetuantes: 
bruxismo, sinais de apertamento dentário, próteses irregulares ou mal adaptadas, respiração bucal, má postura cervical, estressores psicológicos, dores crônicas em outras partes do corpo.

e) Alterações oclusais (mordida aberta) ou faciais na fase aguda, ou em períodos de crises.

f) Alterações otológicas (zumbidos), eventualmente atribuídas ao bruxismo, ou à musculatura cervical.

SINAIS E SINTOMAS QUE SUGEREM DTM DE ORIGEM ARTICULAR
    Algumas condições de dores articulares agudas podem ser aliviadas pela acupuntura, como a artralgia traumática. Neste caso, a dor é tipicamente unilateral, localizada e quase sempre relacionada à função mandibular. Quando aguda, ela pode ser acompanhada por edema na região pré-auricular, há hiperalgesia desta área e restrição do movimento mandibular. Com o passar do tempo, a dor aguda pode gerar sensibilização central, atividade muscular secundária e espalhamento da dor.


Os sinais e sintomas podem ser:

1) Dor: localizada na região pré-auricular, espontânea ou provocada, normalmente desencadeada pelo movimento mandibular

2) edema na região pré-auricular

3) limitação de abertura bucal

4) Irregularidade nos movimentos mandibulares

5) Travamentos da mandíbula à abertura ou fechamento bucal

6) Alterações oclusais (mordida aberta) ou faciais

7) ruídos articulares: estalidos ou crepitação

8) alterações otológicas (zumbido)


1.2. Diagnóstico diferencial

     Estudo epidemiológico, realizado entre 45.711 famílias americanas não-institucionalizadas, em todas as faixas etárias, sobre a prevalência de dor orofacial indicou que 22% da população avaliada apresentara, nos últimos 6 meses, uma das seguintes dores: dor de dente, sensibilidade na mucosa oral, ardência bucal, dor na ATM e dor facial (LIPTON et al., 1993). Levantamento recente sobre as dores mais freqüentes na população brasileira indicou que lombalgia (65,9%), dor de cabeça tensional (60,2%), dores musculares (50,1 %), enxaqueca (48,6 %), dor de estômago (43,2 %), dor nas costas (41,2 %) e dor de dente (38,4%) constituíam-se nas principais queixas (CREMS, 1994). Estes dados confirmam, também entre o brasileiros, que o segmento cefálico é um dos locais de maior prevalência de dor, inclusive a de origem dentária e do segmento maxilo-mandibular. Isso se justifica porque a o segmento cefálico é uma região rica em estruturas anatômicas e sabe-se que sinais e sintomas de dor provenientes de fontes diferentes, podem se sobrepor (BRUNETTI & LIVEIRA, 1995; THOMÉ, 1993) gerando fenômenos dolorosos como a dor referida. Estes fenômenos secundários decorrentes da dor são freqüentes, ampliam a área dolorosa, dificultam a localização da dor (HARDY et al, 1950; INGLE et al, 1979) e consequentemente, o diagnóstico correto.
    A acupuntura é um ótimo auxílio no estabelecimento do diagnóstico correto, pois ajuda na eliminação de dores provenientes destes fenômenos secundários, determinando uma terapêutica adequada para cada caso.

1.3. Diminuição no consumo de medicamentos
    Nos casos de indivíduos que são acometidos por dores em região de face, é muito comum o consumo excessivo de medicamentos como analgésicos e antiinflamatórios, seja pela auto-medicação, seja pela receita profissional, dentista ou médico. A acupuntura, através do seu mecanismo de analgesia, colabora para a diminuição do consumo destes medicamentos. É também um ótimo auxílio no alívio imediato da dor pós-operatória em cirurgias odontológicas como de terceiros molares inclusos e diminuição do consumo de opióides em relação ao grupo controle (LAO et. Al, 1995). Isso é especialmente válido principalmente para os idosos ou pacientes que devido à sua condição de saúde, há necessidade de consumir vários medicamentos como os hipertensos, diabéticos, pacientes fibromiálgicos e outros.


2) CONDIÇÕES ONDE A ACUPUNTURA PODE NÃO SER EFICAZ

2.1. Odontalgias

   Na odontologia clínica, parte significativa das urgências está relacionada à dor de dente, essencialmente provenientes de doenças da polpa e do periodonto. As pulpites são as principais causas de dor de dente; suas manifestações clínicas são extremamente variáveis e dependem do grau de comprometimento da polpa dentária. Estas condições são de natureza diversa, podendo ser: pulpites, sensibilidade dentinária, periodontites, pericementites, fraturas dentárias, odontalgia atípica, pericoronarite e alveolite.
A dor pode ser latejante, pontada ou em choque; contínua ou intermitente; pode ser provocada pela mastigação, por alimentos frios, quentes e doces, ou pode ser espontânea e quando em fase avançada de pulpite, é contínua, acordando o indivíduo à noite durante o sono.
Algumas condições de dores dentárias são de difícil diagnóstico, como as fraturas dentárias e a odontalgia atípica. As odontalgias difusas podem gerar dor espalhada em todo o segmento cefálico, levando a quadros semelhantes a algumas cefaléias primárias como a Cefaléia em Salvas e a Hemicrania Paroxística.
   A acupuntura pode ser um coadjuvante, aliviando a dor aguda e espalhada como no caso da pericoronarite que devido à dor, gera limitação de abertura bucal e dor em músculos adjacentes. Mas a terapêutica em dores odontológicas é essencialmente operatória e, no caso das pulpites, consiste na eliminação parcial ou total da polpa dentária (ALVARES, 1990). Pode exigir uso concomitante de antiálgico ou antiinflamatório, principalmente no período inicial da cicatrização dos tecidos periapicais (fase inflamatória) e, quando há infecção periapical, a antibioticoterapia deve ser considerada, seja profilática ou terapêutica (SPALDING & SIQUEIRA, 1999).

2.2. Anormalidades da articulação temporomandibular

As anormalidades da articulação temporomandibular podem ser:
a) Anormalidades não inflamatórias (degenerativas) como a osteoartrose e deslocamento de disco articular (desarranjo interno da ATM)
b) Anormalidades inflamatórias como a artrite reumatóide
c) Fraturas
d) Tumores
e) Luxação
f) Anquilose
g) Hiperplasia de côndilo Os sinais e sintomas que indicam alguma anormalidade da ATM são: alteração dos movimentos mandibulares, limitação da abertura bucal, dor articular à função mandibular, restrição de função, ruídos articulares e alterações radiográficas assintomáticas da ATM. Travamentos da mandíbula com a boca aberta e com a boca fechada. Eventualmente as doenças e anormalidades da ATM provocam alterações na oclusão dentária e no perfil facial.

      A limitação de abertura bucal exige mais investigação. Deve-se inicialmente diferenciar a limitação de origem articular daquela de origem muscular.
    A acupuntura pode aliviar a dor quando estiver presente, mas pouco efeito terá se alterações articulares estiverem associadas, ou seja, o deslocamento anterior de disco sem redução não pode ser tratado através da acupuntura porque existe um travamento mecânico da articulação que impede a abertura de boca. Mas dores musculares quando presentes, a acupuntura pode ser eficaz.

2.3. Dores neuropáticas
     Entende-se como dores neuropáticas aquelas iniciadas ou causadas por lesão primária ou disfunção do sistema nervoso tanto central quanto periférico. A eficácia da acupuntura depende da integridade deste sistema e, portanto, qualquer alteração compromete o sucesso deste tratamento.
         As dores neuropáticas em região de face mais comumente encontradas na odontologia são:
Neuralgia de trigêmeo: caracteriza-se por dor paroxística, ou seja, forte e de curta duração, como sensação de sucessivas pontadas, facadas, queimação, choques elétricos, relâmpagos, ou penetração de calor de forte intensidade no território de distribuição de uma ou mais divisões do nervo trigêmeo.       Tem curta duração, instala-se e desaparece subitamente e reaparece a intervalos variados. Geralmente é profunda, mas pode ser superficial, especialmente quanto confinada ao lábio superior, supercílios ou regiões próximas à fronte e às pálpebras.
    Neuropatia traumática: esta queixa de dor neuropática decorre da lesão do nervo durante procedimentos cirúrgicos. Nestes casos, as regiões mais susceptíveis na cavidade oral são na mandíbula e na maxila. Cirurgias de dentes inclusos na mandíbula podem provocar lesão do nervo alveolar inferior ou no nervo lingual e gerar parestesias. Em algumas situações elas podem evoluir para quadros de disestesia e de dor neuropática.

Referências bibliográficas:
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